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Diferenciam-se das demais pragas, pois são mamíferos, apresentam maior tamanho e consequentemente maior a quantidade de microorganismos (bactérias, vírus, etc.) que podem transportar como vetores mecânicos, ou transmitir através da saliva e urina.

Os roedores pertencem à ordem Rodentia, apresentam dois pares de dentes incisivos, revestidos por uma camada de esmalte extremamente resistente, capazes de roer tijolo, madeira, alumínio, chumbo, cimento. Além disso, estes animais apresentam grande habilidade em escalar, nadar, escavar e um bom equilíbrio. A maioria apresenta atividade noturna e habita regiões altas e escuras como o telhado, caneletas e cabos, esgotos abertos e fechados, apresentando também uma boa memória.

Com a finalidade de propiciar a plena compreensão dos aspectos técnicos abordados em nossas Propostas, listamos as principais Espécies de Pragas encontradas no Rio de Janeiro, as quais serão descritas juntamente com a metodologia de combate usada para cada uma:

 

 

Rattus norvegicus (RATAZANA)

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Mede de 21 a 26 cm de comprimento em sua forma adulta, sua cauda grossa é igual ou mais curta que o comprimento do corpo e é um pouco pilosa. Os pés têm membranas interdigitais, fato que lhe confere, também, hábitos aquáticos (sabe nadar e mergulhar muito bem). Nidifica geralmente no solo cavando um ou mais túneis que levam ao ninho.

A fonte de alimento pode estar a dezenas de metros de sua ninheira. Vivem de 2 a 3 anos. Procriam de 8 a 10 vezes deixando mais de 50 descendentes.

Rattus rattus (RATO DE TELHADO)

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Quando adulto mede de 19 a 22 cm, sua cauda é fina e um pouco mais longa que o corpo e a cabeça juntos. Suas orelhas são longas (a metade do comprimento da cabeça) e quase livres de pêlos. Sua cauda longa torna-o muito ágil para saltar, escalar e correr. Desliza espetacularmente por fios, dutos e caibros. Nidifica geralmente nas partes altas das edificações, vivem cerca de 1 ano, procriam de 3 à 4 vezes e deixam aproximadamente 36 descendentes.

Mus musculus (CAMUNDONGO)

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Cada adulto mede de 6,0 a 9,0 cm. As orelhas são relativamente grandes e translúcidas. Sua cauda é proporcional ao tamanho do corpo. Nidificam dentro das edificações, geralmente bem próximo as fontes de alimento e vivem cerca de 1 ano, procriam de 4 à 5 vezes e deixam aproximadamente 35 descendentes.

VIAS DE INFESTAÇÕES DOS ROEDORES


O aparecimento dos roedores, como de todas as pragas urbanas segue a regra dos 4 As: disponibilidade de abrigo, de água, de alimento e acesso.


O meio de infestação mais comum se dá de forma ativa. A penetração ativa é primordialmente usada por Rattus norvegicus (ratazana) e Rattus rattus (rato de telhado) que oriundos de áreas vicinais infestadas  invadem por seus próprios meios a área contígua.

Outro meio de infestação ocorre quando roedores são introduzidos em uma determinada área ocultos no interior de embalagens, máquinas e equipamentos. É a principal via de disseminação de Mus musculus (camundongo).

IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ROEDORES

Os roedores respondem por enormes perdas em todas as áreas agrícolas. Por seu hábito compulsivo de roer, freqüentemente danificam tubulações de PVC, fiações telefônicas e elétricas, sendo que neste caso, não muito raramente ocorre curto-circuito, seguido de incêndio.

Infelizmente os roedores não causam somente danos materiais. Eles também são transmissores de doenças (zoonoses). Dentre tantas doenças onde os roedores participam direta ou indiretamente podemos citar apenas para caracterizar a gravidade do problema:

Leptospirose – (causada por Leptospira sp.): nesta doença, os espiroquetas se albergam nos rins dos roedores, os quais não sofrem nenhum mal com isso, mas os transmitem continuamente através da urina que, misturando-se na água, lama ou certos alimentos aquosos, podem penetrar no homem e outros animais através das mucosas ou da própria pele íntegra ou principalmente escoriada.

Peste – Bubônica, Pneumônica ou Septicêmica – (causada por Yersinia pseudotuberculosis pestis): uma das doenças mais antigas que afligiu a humanidade, transmitida através da pulga do rato (Xenopsylla cheopis). A “morte negra”, como era chamada, chegou a matar milhões de pessoas na Europa e Ásia medievais, transmitida naquela época pelo rato preto (Rattus rattus). Embora hoje não tenha a mesma expressão, a “Peste” continua ceifando vidas humanas em inúmeros países, inclusive no Brasil (particularmente no nordeste), onde os roedores responsáveis pela transmissão são de diversas Espécies silvestres principalmente.

Tifo Murino – (causado por Rickettesia mooseri): outra zoonose onde a pulga do rato é a transmissora principal.

Febre Da Mordida Do Rato E Sodoku – (causada por Streptobacillus moniliformis e por Spirillum minus respectivamente): os ratos freqüentemente mordem bebes, crianças e idosos confinados às suas camas, transmitindo essa zoonose através de sua saliva.

Triquinose – (causada por Trichinella spiralis): suínos ingerem as fezes ou cadáveres de ratos infectados e o homem se infecta ingerindo a carne mal cozida desses suínos.

Raiva – (causada por Vírus Rábico): o papel dos roedores na transmissão dessa virose fatal é hoje bastante discutido. Ao que parece, o roedor seria incapaz de transmitir a Vírus Rábico, posto que ele contrai a forma paralítica da doença.

Salmonelose – (causada por Salmonella spp.): também conhecida como envenenamentos alimentares bacteríanos, causam severas gastroenterites agudas. As ratazanas (Rattus norvegicus) são especialmente incriminadas na contaminação dos alimentos, principalmente porque freqüentam ambientes altamente contaminados, como os esgotos.

Sarnas E Micose – os roedores em geral parecem poder disseminar mecanicamente os agentes causadores dessas ectoparasitoses, tanto ao homem como a outros animais.

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